1996
Foto: Bruna De Araujo
Estréia | 3 de setembro de 1996 | Teatro do Museu de Artes de São Paulo | 60 min.
O espetáculo inspira-se na energia-momo* de Antonin Artaud, poeta e idealizador do Teatro da Crueldade, dono de humor satírico e riso trágico. Em Marselhas, onde Artaud nasceu, os bobos ingênuos da aldeia são chamados de mômo, em espanhol a palavra significa careta e evoca momero que significa palhaço. Mómos é o deus grego dos críticos e trocistas como também o filho andrógeno do sono e da noite representado com uma matraca para sinalizar a loucura do sonho.
Artaud – Onde Deus Corre… estreou em 1996 inaugurando a Mostra Artaud 100 Anos no teatro do MASP e deu início à série Diálogos (Des)Encantatórios que inclui Arará – Histórias que os Ossos Cantam (1997) e o ciclo Matéria (1999 a 2004).
O interlocutor desses Diálogos é o universo imaginário do público. Provocamos um casamento-confronto entre a energia que emana dos indivíduos na platéia e a energia gerada pelos atores e articulamos novos circuitos de percepção que vibram além da razão e do pensamento dialético. Se é possível?
“…a verdadeira beleza nunca nos atinge diretamente. E um sol poente é belo por tudo aquilo que ele nos está fazendo perder”. Antonin Artaud
• Artaud escreveu em 1946 o poema “Le retour d’Artaud, le Mômo”
Texto, direção, coreografia, cenário e figurino | Maura Baiocchi
Iluminação | Hernandes de Oliveira
Música | Thorsten Herbst e Georges Bizet
Direção de cena | Rodrigo Garcia
Diretor de Produção | Wolfgang Pannek
Produção | Transcultura
Elenco |
Maura Baiocchi
Valter Felipe
Alfredo Maia
Wolfgang Pannek
Eliana de Santana
Ugo Guarnero