APOKÁLYPSIS


EM BREVE

APOKÁLYPSIS traz o encontro-confronto triangular entre o pensamento apocalíptico da tradição judaica-cristã, os personagens shakesperianos Hamlet e Ofélia e um cenário contemporâneo global de ameaças catastróficas sócio-políticas e ecológicas. Face a essas realidades fora dos eixos, cada solo articula por meio do corpo a tensão existencial “entre ser e não ser” e presentifca ‘revelações’ (apocalipses) poéticas vivenciadas no limiar entre negação e afirmação da vida.
Como um todo, o projeto APOKÁLYPSIS acentua por meio de uma abordagem plurimidial – dança, teatro, literatura, pintura, video – a função criativa e ética das artes diante uma conjuntura histórica que coloca em xeque as próprias condições de vida na Terra.

O projeto é composto por três solos teatro-coreográficos.

Ofélia [Te]Ctônica, (30 min), protagonizado pela atriz e dançarina brasileira Mônica Cristina Bernardes, encena um mergulho na exploração industrial das profundezas da Terra, planeta reduzido a recurso fossil por uma ideologia capitalista do progresso tecno-cientifico.

Hamlet em Necrópolis (40 min), com o dançarino moçambicano Jorge Ndlozy, é um rito de redignificação da morte das vitimas da pandemia da Covid-19, e um protesto poético contra uma desastrosa política governamental de saúde.

Ofélia em Ansenuza (35 min), com a pintora-performer argentina Candelaria Silvestro, evoca a singularidade, beleza e delicadeza de um ecosistema sul-americano sob perigo de destruição: a lagoa Mar Chiquita (Mar de Ansenuza) e, com ele, o seu habitante mais emblemático, o flamingo.

Os espetáculos teatro-coreográficos, dirigidos por Maura Baiocchi e com textos do autor e diretor alemão Wolfgang Pannek, transitam na interface entre o corpo, artes audiovisuais, poesia e filosofia.

APOKÁLYPSIS é a contrapartida cultural da Taanteatro Companhia para o edital Proac Expresso Lei Aldir Blanc – Eixo Premiação por Histórico em Dança (2020).