1999
Espetáculo em duas versões:
Versão 1998 | Sala Guiomar Novaes | Funarte São Paulo | 90 min.
Versão 1999 | Sala Guiomar Novaes | Funarte São Paulo
A PEÇA
“Cantos de Maldoror” tem o propósito de transcodificar para o corpo e para o palco a poética vertiginosa de Lautréamont. Tematiza o bem e o mal, transcendendo-os e exaltando a vida. A estrutura do espetáculo tem a dinâmica do sonho e da escrita automática. Uma “fenomenologia da agressão” contra a humanidade e Deus, contra a ordem moral e natural do mundo. No centro da obra, encontra-se Maldoror, figura identificada à Lucifer, envolvido num delirante fluxo de imagens-acontecimentos marcadas por crueldades, crimes e perversões e regidas pela lógica do sonho. Um anti-herói apologista do mal, do disfarce e da metamorfose. Metamorfose das imagens, da linguagem do sentido e da identidade.
O AUTOR
Comte. de Lautréamont, pseudônimo de Isidore Ducasse, nasceu a 04 de abril de 1846 no Uruguai, filho de funcionários do Consulado francês em Montevidéu. Em 1859 viaja para a França e matricula-se como aluno do Liceu de Tarbes onde estuda até 1867. No ano seguinte, depois de visitar o Uruguai, instala-se em Paris onde morre aos 24 anos por motivos nunca esclarecidos. Integrante da árvore genealógica dos poetas malditos – Holderlin, Baudelaire, Nietzsche, Rimbaud e Artaud – Lautréamont é considerado o maior signo da revolta romântica francesa. “Os Cantos de Maldoror”, publicado em 1869 é obra precursora do Simbolismo e do Surrealismo, tornou-se um ícone da literatura moderna.
Texto | Comte De Lautreamont (1846-1870) – Pseudônimo de Isidore Ducasse
Tradução e voz off | Claudio Willer
Concepção, direção e coreografia | Maura Baiocchi
Música original ao vivo| Felipe Julián
Iluminação | Rodrigo Garcia e Danilo Veloso
Figurino | Taanteatro Companhia
Produção | Transcultura
Elenco 1999 |
Valter Felipe
Antonio Velloso
Isa Gouvêa
Wolfgang Pannek
Isabela Graeff
Ondina Castilho
Ilana Gorban
Domingos Nunez